O cinegrafista italiano Affonso Segretto realizou o primeiro registro de imagens em movimento no Brasil quando estava prestes a desembarcar na costa brasileira em 19 de junho de 1898. Honrando este primeiro registro histórico, celebra-se na data de hoje o Dia do Cinema Brasileiro. Para apreciar a sétima arte, a nossa cultura e o cinema nacional, que tal aproveitar para conferir hoje algum dos clássicos do nosso cinema?
Elencado como segundo melhor filme brasileiro de todos os tempos pela Associação Brasileira de Críticos do Cinema (Abraccine), este filme representa um grande marco do Cinema Novo, movimento que deu destaque ao intelectualismo e à crítica social, além de se opor ao então cinema tradicional brasileiro marcado por comédias, musicais e longas que propagavam o estilo de Hollywood. A trama se tece em torno da sofrida vida de Manoel e Rosa, casal sertanejo interpretado por Geraldo Del Rey e Yoná Magalhães e que luta contra as adversidades na secura do interior.
Com duas indicações ao Oscar (melhor filme estrangeiro e melhor atriz), “Central do Brasil” representa um dos filmes brasileiros mais respeitados nacional e internacionalmente. A trama cativa o olhar para o laço criado entre uma ex-professora (Fernanda Montenegro) e uma criança, que têm suas vidas cruzadas pelo acaso.
Marcado por sua veia teatral, este filme inspirado na peça escrita por Ariano Suassuna estrela a famosa dupla formada por Selton Mello e Matheus Nachtergaele. Eles interpretam Chicó e João Grilo, que vivem às custas de pequenas falcatruas para sobreviver no sertão nordestino até entrarem no caminho de um cangaceiro e terem de lidar com Deus, o Diabo e a Virgem Maria.
Possivelmente o filme brasileiro de maior fama e repercussão internacional, “Cidade de Deus” teve quatro indicações ao Oscar (melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor fotografia) e é aclamado pela crítica principalmente por seus aspectos estéticos e artísticos. A narrativa atravessa a trajetória de dois amigos que crescem na favela Cidade de Deus no Rio de Janeiro – um para tornar-se fotógrafo e o outro, chefe do tráfico.
Também com direção de Guel Arraes, “Lisbela e o Prisioneiro” mantém a mesma linha teatral de “O Auto da Compadecida” e também se pauta sobre a adaptação de uma peça, cuja autoria é de Osman Lins. O diretor desenvolve um conto romântico protagonizado por Débora Falabella e Selton Mello, que dão vida ao casal composto por uma jovem sonhadora e um malandro galanteador.
Beijos, H.